domingo, 17 de maio de 2015

Um dia isso tem que acaber

Acabo de chegar da casa de um casal de mineiros muito amigos. Ela é enfermeira; ele, delegado. Gosto muito da maneira mais despreocupada com que eles levam a vida, pelo menos em aparência. Entro no meu e-mail, à meia-noite - neurose da vida acadêmica, e havia um enviado por uma editora de uma revista científica, as tais que me matam. Escrevi um artigo e o havia enviado para publicação. Os três pareceres foram favoráveis, mas pedem uma série de mudanças. Claro, ficarei horas, dias, em cima desse artigo para atender às mudanças solicitadas. Fora o estresse que é abrir um e-mail desses, pois você nunca sabe se seu artigo vai ser aprovado ou não. Eu começo até a tremer um pouco, a suar. Acho que tenho pânico desse negócio. Acho, não, tenho certeza. 

Um dia vou apenas viver, sem esses horrores, sem ter que me deparar com e-mails assim. Um dia vou chegar da casa de amigos, como ocorreu hoje, e ficar tranquila porque saberei que no dia seguinte terei que apenas viver a vida. E nessa vida não tem espaço nenhum para a Capes, apenas para os amigos, o pilates, a participação em ongs, fazer bem aos outros..., ou seja, a VIVER. 

O governo vai mudar o fator previdenciário. Não sei como a nova mudança afetará os funcionários públicos, que já possuem o modelo 85/95, mas essa possibilidade já é uma mudança. 

Um dia vou acordar e ter que apenas viver. Tomara, meu Deus! Me conceda essa graça!. 

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